sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Afetividade e Sexualidade




Quando falamos de afetividade, mostramos a relação que pode existir entre homem e mulher - é a 'relação' - afetiva; onde tanto o homem como a mulher vão buscar sua afetividade juntos. Vão dar início a um novo processo de amar e de ser afetivamente unido em particular, ela é só do casal sem intromissão de ninguém.

Ser afetivo é deixar amar-se; o homem conquista a mulher e ela por sua vez se deixar conquistar pelo homem, faz-se assim um laço de afetividade. Este laço não pode ser quebrado, pois é momento de entrega e principalmente de conhecimento afetivo. O laço é quebrado com a traição, desconfiança, desamor e as demais coisas que hoje a nossa sociedade apresenta através dos MCS (Meios de Comunicação Sociail), as novelas de televisão nos mostra a traição (adultério) como uma coisa normal que pode acontecer com qualquer casal, os jovens se identificam com a TV, e automaticamente se identificam com o adultério da TV. É 'fácil demais'.

Assim nossa afetividade dá lugar a paixão que atualmente leva os jovens a se entregarem a sociedade mundana que 'está na moda'.

Devido à tantas formas de nos afastarmos da afetividade é que devemos lutar com toda a nossa força para reconquistar e cada vez mais vivenciá-la em nossas vidas. Deixar tudo o que é do mundo, e procurar as coisas que vem de Deus. Dizer um 'basta' as vontades próprias e se entregar a Jesus.

Somos criaturas feitas de amor, com amor e para amar (cf. Jo 4,16).

Deus nos mostra o novo nascimento do amor, da relação afetiva. A afetividade vem trazer a sexualidade, é uma necessidade que se for dada continuidade resultará em uma sexualidade de amor, e não uma sexualidade de puro sexo, atravessamos a sexualidade e chegamos a genitalidade e esquecemos que a afetividade traz a sexualidade, no tempo certo, e dai irá a genitalidade, pois Deus é o criador, o homem tem a tarefas de procriação, que foi dada por Deus. O amor é a chave de uma vida jovem no Espírito. 'Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como bronze que soa, ou como címbalo que retine' (I Cor 13,1).

Nisto existe pessoas que acreditam que o amor pode se desgastar com o tempo, pela falta de atitudes amorosas e afetivas. É verdade que assumir logo de início as atitudes de casal - relações sexuais, vida em comum - tem como efeito impedir muitas vezes o aprofundamento do amor, interromper sua construção, viciar a sua verificação. O amor não é só o fogo do sentimento, não é só um flash de uma paixão. O amor é um fogo que é um fogo. 'O Amor é mais forte do que a morte; O fogo ardente do amor é uma chama divina! Toda água dos oceanos não seria suficiente para apagar o fogo do AMOR' (ct 8,6).

O sacramento do matrimônio dá esta capacidade de renovar o amor bebendo da fonte que é o amor.

Temos que valorizar a vida, a vida matrimonial, temos que trabalhar nossos jovens sobre a importância e a beleza de um matrimônio sadio e bem feito e ver os frutos desta criação que Deus-Pai nos deu, é uma graça maravilhosa a que Deus coloca nas mãos do homem.

Temos que ter uma juventude para Jesus, se isso significar ser santo, é a santidade que teremos que buscar, precisamos de jovens santos, de famílias santas, de amor, namoro e casamentos SANTOS. Santos para Deus para podermos entregar para Jesus e dizer: Toma, Senhor, nosso coração é teu, único e exclusivamente TEU.

O homem foi criado por Deus com uma carência afetiva, o homem vai precisar da mulher, uma companheira, uma pessoa que resolveu deixar tudo para viver com ele. Muitas das vezes esta carência pode tornar-se doentia, daí tem origem o ciúme, o desinteresse pelo casamento, ou sua continuidade.

Podemos assim fazer uma relação com o matrimônio, noivado e namoro, isto é, um mal casamento é reflexo de um mal noivado, e um mal noivado é resultado de um mal namoro. O namoro de jovens deve ser santo, suas atitudes serão santas, construindo assim uma nova vida de jovens renovados no Espírito de jovens transformados, e essa atitude de transformação provém da criação.

O grande problema dos jovens no namoro é ultrapassar o 'sinal vermelho', temos que ter um limite de chegada, pois é a falta desse limite que encontramos jovens ainda não maduros na frente de famílias, que encontramos um alto índice de prostituição, de menores carentes, de jovens que fogem de casa revoltados com seus pais. Ultrapassar o 'sinal vermelho' é dar um tiro na vida, na vida nova que Jesus nos convida a assumir e a ter convicção no que afirmamos, dar esse tiro na vida significa selar a entrada a santidade no corpo, no amor e nas feridas abertas não cicatrizadas.

O homem tem carências afetivas, mas isso não quer dizer que começaremos a brincar com os sentimentos dos outros, brincar com o sexo e abusar dele fazendo o que bem entender.

A afetividade é amor, puro e de maneira santa, somos chamados por Deus a santidade (I Ts 4, 7-8) mas sim a uma nova vida no Espírito, temos que exercitar um namoro santo, a Igreja precisa de jovens santos, para com eles se tornarem verdadeiros santos.

Carência afetiva é uma necessidade, o uso indevido dela torna um pecado e impureza para o Nosso Deus.

A maturidade é sinal de que caminhamos na estrada certa, que evoluímos ao projeto de Cristo, a imaturidade é sinal de que decaímos no oceano da desilusão e atravessamos a linha imaginária do pensamento não evolutivo, para o pensamento não-involutivo, seria um sinal a saída pós-maturidade do jovem a vida que o mundo oferece, aos prazeres sociais que hoje conquistaram todos os extremos do mundo.

Por fim, a maturidade é sinal de responsabilidade, ser responsável em estar com o outro respeitando, isso faz o amor crescer, ter responsabilidade tão qual a de um marido com sua esposa, a maturidade e o grau que temos que buscar como jovens que querem ser santos, que querem servir a Deus como Santos hoje, na sociedade, na escola, na rodinha de amigos, ser santos, esta é a palavra chave de nosso grito. Queremos ser santos hoje. Nossa plena maturidade é alcançarmos a maturidade psicológica, física e de atitudes.

Fonte: http://www.geocities.com/heartland/canyon/3468

Por que o celibato do sacerdote?

O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes

Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n'Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).


Nisso Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.


É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.


No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não. O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos...). E enfatiza:


“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.


O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Sumo Pontífice:


“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo... é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (...) Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade” (n.24).


O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo celibato. Ele disse: “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto... “Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa” (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).


Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!


O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?


Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado? Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?


Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal.


Fonte: www.cancaonova.com

O que é castidade?

O domínio de si mesmo é fundamental para a pessoa ser capaz de se doar aos outros

O sexo tem um sentido muito profundo; é o instrumento da expressão do amor conjugal e da procriação. Toda vez que ele é usado, antes ou fora do casamento, de qualquer forma que seja, peca-se contra a castidade.

A castidade é uma virtude moral. É também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual (Cf. Gl 5,22-23). O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo àquele que foi regenerado pela água do Batismo (Cf. Catecismo da Igreja Católica - CIC §2345).


“E todo aquele que nele tem esta esperança, se torna puro como ele é puro” (1Jo 3,3). A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade do homem em seu ser corporal. Para se viver uma vida casta é necessária a aprendizagem do domínio de si; ou o homem comanda suas paixões e obtém a paz ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz.


Santo Agostinho disse que: “A dignidade do homem exige que ele possa agir de acordo com uma opção consciente e livre, isto é, movido e levado por convicção pessoal e não por força de um impulso interno cego ou debaixo de mera coação externa. O homem consegue esta dignidade quando, libertado de todo cativeiro das paixões, caminha para o seu fim pela escolha livre do bem e procura eficazmente os meios aptos com diligente aplicação.” (Confissões, 10,29,40).


Para se viver segundo a castidade é preciso resistir às tentações por intermédio dos meios que a Igreja nos ensina: fugir das tentações, obedecer aos mandamentos, viver uma vida sacramental, especialmente freqüentando sempre a Confissão e a Comunhão, e viver uma vida de oração. Muito nos ajuda nisso a reza do santo Rosário de Nossa Senhora e a devoção e auxílio dos santos (cf. CIC §2340).

Santo Agostinho afirmou também que: “A castidade nos recompõe, reconduzindo-nos a esta unidade que tínhamos perdido quando nos dispersamos na multiplicidade” (Confissões, 10,29,40).


A virtude da castidade é comandada pela virtude cardeal da temperança, que faz depender da razão as paixões e os apetites da sensibilidade humana (cf. CIC §2341). O homem que vive entregue às paixões da carne, na verdade, vive de “cabeça para baixo”; sua escala de valores é invertida; torna-se fraco. Não é mais um homem; mas, uma caricatura de homem.


Infelizmente, a sociedade hoje ensina os jovens a darem vazão e satisfação a todos os baixos instintos; essa “educação” é uma forma de animalizar o ser humano, pois coloca os seus instintos acima de sua razão e de sua espiritualidade.

O domínio de si mesmo é fundamental para a pessoa ser capaz de se doar aos outros. A castidade torna aquele que a pratica apto para amar o próximo e ser uma testemunha do amor de Deus. Quem não luta para ter o domínio de si mesmo é um egoísta; não é capaz de amar. Por isso, a castidade é escola de caridade. A Igreja ensina que: “Todo batizado é chamado à castidade. O cristão “se vestiu de Cristo” (Cf. Gl 3,27), modelo de toda castidade. Todos os fiéis de Cristo são chamados a levar uma vida casta segundo seu específico estado de vida. No momento do Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade” (CIC §2348).

Santo Ambrósio ensinava que: “As pessoas casadas são convidadas a viver a castidade conjugal; os outros praticam a castidade na continência; isso significa viver a vida sexual apenas com o seu cônjuge. Existem três formas da virtude da castidade: a primeira, dos esposos; a segunda, da viuvez; a terceira, da virgindade. Nós não louvamos uma delas excluindo as outras. Nisso a disciplina da Igreja é rica (Vid. 23)” (CIC §2349).

Também os noivos são chamados a viver em castidade. A vida sexual só deve ser vivida após o casamento, pois só então o casal se pertence mutuamente, e para sempre, com um compromisso de vida assumido um com o outro para sempre.

“Os noivos são convidados a viver a castidade na continência. Nessa provação eles verão uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de se receberem ambos da parte de Deus. Reservarão para o tempo do casamento as manifestações de ternura específicas do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade” (CIC §2350).

(Artigo extraído do livro “A MORAL CATÓLICA”)

O que é Sexualidade?

Deus, ao criar o homem, o fez na sua totalidade, individualidade e definido sexualmente. Sendo dom de Deus, a sexualidade não pode ser vista como algo separado do homem, mas algo essencial para a salvação. Por isso, preciso assumir minha sexualidade como identidade de mim mesmo. Se Deus me fez homem, não posso ser outra coisa e, se você é mulher não poder ser outra coisa a não ser mulher. O dom de Deus não pode ser estragado pelo homem, e sim, assumido.

Você é imagem e semelhança de Deus. Deus caprichou ao fazê-lo! Não podemos deixar o mundo estragar a nossa identidade e sexualidade, dizendo que para sermos felizes precisaremos assumir outra identidade, e achar isso normal. Você só será inteiramente feliz sendo o que é desde o nascimento, homem ou mulher; fora disso não é dom de Deus.

“O ser humano é chamado ao amor e ao dom de si, na sua unidade corpórea-espiritual. Feminilidade e masculinidade são dons complementares, pelo que a sexualidade humana é parte integrante da capacidade concreta de amor que Deus inscreveu no homem e na mulher. «A sexualidade é uma componente fundamental da personalidade, um modo de ser, de se manifestar, de comunicar com os outros, de sentir, de expressar e de viver o amor humano». Esta capacidade de amor como dom de si tem, por isso, uma sua «encarnação» no caráter esponsal do corpo, no qual se inscreve a masculinidade e a feminilidade da pessoa. «O corpo humano, com o seu sexo, e a sua masculinidade e feminilidade, visto no próprio mistério da criação, não é somente fonte de fecundidade e de procriação, como em toda a ordem natural, mas encerra desde “o princípio” o atributo “esponsal”, isto é, a capacidade de exprimir o amor precisamente pelo qual o homem-pessoa se torna dom e — mediante este dom — atuar o próprio sentido do seu ser e existir». Qualquer forma de amor será sempre marcada por esta caracterização masculina e feminina” (Conselho Pontifício para a Família, Sexualidade Humana, n.10)


Hoje, os homens estão perdendo a sua individualidade e assumindo uma identidade falsa, contrária àquela que Deus fez, por causa da mídia, que está ditando as regras e falando o que nós devemos ser para sermos felizes, o que as novelas e tudo mais têm falado contra o plano de Deus para nossas vidas, para que nos esqueçamos de que somos imagem e semelhança d'Ele.


Você é lindo (a), não seja aquilo que o mundo tem dito para ser, mas assuma a sua sexualidade e genitalidade como Deus fez! O mundo tem falado para você não se reprimir e assumir uma sexualidade que vai contra a natureza, contra o plano de Deus para sua vida.


Sei que, em muitos casos, pessoas foram feridas em sua sexualidade e genitalidade, por parentes, por abusos, por violências… e isso de um certo modo tem levado muitos a assumirem uma identidade sexual que não é a sua. As pessoas, muitas vezes, não têm culpa, pois foram feridas desde crianças e carregam seus traumas para durante toda a vida e não buscam ajuda ou cura de suas marcas e feridas.


O remédio é assumir que está ferido e buscar ajuda.


Certa vez um jovem veio conversar comigo, aparentemente ele estava muito bem, mas quando falou da sua sexualidade, expôs que foi abusado sexualmente por um primo seu quando ainda era criança. E esta situação o fazia sentir atração sexual por outros rapazes, mas não o levando ao ato sexual. Em oração, fui pedindo a Deus que o curasse de todo trauma na sua sexualidade. Fizemos dias de oração de cura interior e Deus o curou e libertou, porque ele assumiu sua fraqueza e buscou ajuda.


“A sexualidade humana é, portanto, um bem: parte daquele dom criado que Deus viu ser «muito bom» quando criou a pessoa humana à sua imagem e semelhança e «homem e mulher os criou» (Gen 1,27). Enquanto modalidade de se relacionar e se abrir aos outros, a sexualidade tem como fim intrínseco o amor, mais precisamente o amor como doação e acolhimento, como dar e receber. «A sexualidade deve ser orientada, elevada e integrada pelo amor, que é o único a torná-la verdadeiramente humana»” (Conselho Pontifício para a Família, Sexualidade Humana, n.11).


O que falta para você buscar ajuda e assumir que foi ferido (a) na sua sexualidade? Deus quer curá-lo (a) e libertá-lo (a) para que você seja inteiramente d'Ele e viver a liberdade na sua sexualidade.



Artigo extraído do blog de Padre Reinaldo